Ficou sem vencedor a edição deste ano de um dos prêmios mais esquisitos já criados. O Mo Ibrahim Prize, inventado pelo magnata das telecomunicações sudanês de mesmo nome, não conseguiu encontrar uma pessoa que preenchesse os pré-requisitos para a bolada de US$ 5 milhões ao longo de dez anos, e depois mais US$ 200 mil por ano pelo resto da vida, para os agraciados. É o maior prêmio individual concedido no mundo (o Nobel agracia o vencedor com “apenas” US$ 1,5 milhão).
O que há de diferente (e polêmico) sobre esse prêmio é que ele é conferido a ex-presidentes africanos que demonstraram ser bons governantes e construtores de sistemas democráticos em seus países. Não há muitos, portanto. Líderes populares que decidem deixar o poder voluntariamente, uma exceção num continente em que um mesmo sujeito passa três décadas no governo, venceram as duas primeiras edições do prêmio: Joaquim Chissano, de Moçambique, e Festus Mogae, de Botsuana.
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